Metal 3D sem complicação: imprima como no SLS — Cold Metal Fusion
- Wolfgang Slemer
- 10 de out.
- 4 min de leitura
No universo do metal 3D, o Cold Metal Fusion se destaca por permitir “imprimir metal como no SLS”, combinando liberdade geométrica do leito de pó com a previsibilidade da sinterização MIM-type. Em vez de suportes térmicos e altas tensões típicas de fusão a laser, a peça nasce como green part em SLS com feedstock CMF (binder polimérico), passa por debinding por solvente e então pela sinterização.
Assim se forma um caminho industrial que aproveita infraestrutura de metalurgia do pó e um ecossistema multi-fabricantes padronizado pela Aliança ColdMetalFusion — ideal quando o design já nasce compatível com sinter.
Desafios
Definir scale-up XYZ para compensar a contração de sinter sem perder tolerâncias funcionais.
Controlar deformações por distribuição de massa e base de sinter, evitando colapsos e empenos.
Dimensionar paredes, furos e roscas considerando depowdering, debinding e estabilidade em sinterização.
Decidir quando aplicar suportes de sinter para saliências/overhangs prolongados sem subir o custo.
Estabelecer tolerâncias práticas conforme porte/massa da peça.
Abordagem e Processo
Visão geral da solução
Produto (solução): Cold Metal Fusion.
Diferente de “uma única máquina”, trata-se de um conjunto padronizado multi-fabricantes: impressão SLS com feedstock CMF (binder polimérico), debinding por solvente e sinterização MIM-type, mais limpeza e finishing. O diferencial é reproduzir a experiência de SLS — volume útil cheio, sem suportes de impressão — e transferir o suporte apenas para a fase de sinter, quando necessário.

Impressão SLS com feedstock CMF
O feedstock contém pó metálico e binder polimérico. A fusão seletiva do binder gera green parts densas e mecânica suficiente para depowdering eficiente e, quando aplicável, usinagem em estado verde. Isso reduz riscos antes da sinterização e facilita automatização de pós-processos, mantendo a lógica produtiva do SLS (câmara aquecida moderadamente, utilização integral do leito e liberdade para aninhar peças).


Debinding e Sinterização
Após a impressão, o debinding por solvente remove o binder com controle de taxa/tempo, e a sinterização MIM-type densifica a microestrutura. Suportes de sinter (do mesmo material, separados por camada cerâmica) são aplicados somente quando a geometria ou massa exigem, por exemplo, overhangs longos ou superfícies planas largas que poderiam distorcer. A contração é tratada via scale-up de projeto e fixturing adequado.
Regras de projeto
O design guide estabelece faixas típicas para espessuras de parede, furos, roscas e relevos, além de tolerâncias por porte de peça. Em geral: manter paredes estáveis (há limites mínimos e máximos sugeridos), preferir furos passantes para facilitar depowdering, orientar roscas pequenas (p.ex. até M4) de modo a preservar forma, e usar suportes de sinter para saliências prolongadas. A recomendação é antecipar chamfers, fillets e jogos funcionais já na fase CAD, reduzindo retrabalho após a sinterização.


Resultados e Métricas
Contração de sinter tratada por scale-up (valores típicos e isotropia informados no guia por material).
Temperaturas moderadas na fase SLS, minimizando empenos térmicos e permitindo o uso total do volume.
Limites de geometria claros: paredes dentro de faixas recomendadas; overhangs sustentados na sinter quando excedem o comprimento seguro; furos com diâmetros mínimos práticos; roscas até classes pequenas (ex.: M4) com orientação apropriada.
Tolerâncias usuais do processo indicadas no guia (faixas estreitas para peças leves/compactas; faixas mais abertas para peças pesadas).
Solução utilizada
Solução: Cold Metal Fusion (ecossistema multi-fabricantes)
Conjunto padronizado que integra SLS + feedstock CMF (binder polimérico) + debinding por solvente + sinterização MIM-type, além de limpeza e finishing. O valor está na interoperabilidade entre fabricantes (impressoras SLS, estações de debinding, fornos MIM, software), garantindo replicabilidade e escalabilidade.
Tecnologia: SLS + feedstock CMF (binder polimérico) + debinding por solvente + sinterização MIM-type.
Aplicações típicas:
Peças metálicas funcionais em série, com DFAM orientado para sinter.
Componentes com cavidades internas não acessíveis por usinagem convencional.
Pequenas roscas e recursos finos que se beneficiam de green machining.
Consolidação de conjuntos, eliminando fixações e usinagem posterior onde possível.
Pré-séries e lotes piloto que escalam para produção.
Especificações essenciais:
Impressão SLS em leito de pó com feedstock CMF; sem suportes de impressão.
Debinding por solvente anterior à sinterização; controle de taxa e homogeneidade.
Sinterização MIM-type com fixturing e suportes de sinter quando necessário (separação cerâmica).
Regras de design: limites para espessuras de parede, furos, roscas (ex.: até M4) e tolerâncias por porte de peça.

Operação e Impacto no Negócio com a solução Cold Metal Fusion
Padronizar SLS + CMF + debinding + sinter permite previsibilidade de custo e prazo, com ramp-up de produção usando ativos MIM já difundidos no mercado. Jobshops e fábricas próprias podem iniciar com um minimum setup e crescer modularmente (mais impressoras, estações de debinding e fornos). A filosofia “multi-fabricantes” reduz dependência de um único fornecedor e simplifica validação de qualidade na cadeia.
Conclusão
Para equipes que desejam metal 3D sem complicação e com linguagem SLS, o Cold Metal Fusion oferece um caminho industrial: impressão sem suportes, green parts robustas, debinding controlado e sinterização MIM-type. Com regras de projeto claras (paredes, furos, roscas, tolerâncias e suportes de sinter), a solução absorve a contração de forma previsível e habilita escala. O diferencial não é uma máquina isolada, e sim o ecossistema padronizado que entrega repetibilidade e autonomia de escolha entre fabricantes.
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